Superar os obstáculos sociais ao se inserirem no universo esportivo foi o desafio assumido pelas mulheres que optaram por praticar esportes considerados apenas masculinos. Elas ingressaram no mundo esportivo com ousadia e determinação, aprendendo com o esporte que é possível vencer qualquer obstáculo.

 

O futebol feminino, assim como várias modalidades esportivas, ainda sofre com o preconceito, já tendo sido até proibido por lei. A modalidade teve sua primeira participação feminina em 1921. O primeiro time feminino do Brasil foi criado em Minas Gerais e iniciou sua primeira partida de jogo de futebol entre mulheres em dezembro de 1958.

 

A despeito de já ter superado várias barreiras, o futebol feminino ainda enfrenta dificuldades básicas como a organização de campeonatos e a obtenção de patrocínios. “Apesar de estarmos no século XXI, ainda existem muitas barreiras, falta de apoio por parte dos governantes e, às vezes, até julgamento da própria família por gostar de futebol. Mas cada uma tem a sua personalidade, seu caráter, e isso não muda em nada o ser humano. Somos mulheres e vamos ser mulheres sempre”, confessa Roberta Sâmia, uma jovem praticante do futsal.

 

Outro esporte que conta com participação feminina é o Judô. Apesar de ter sido idealizado em 1882, foi somente a partir de 1923 que contou com uma participação ativa das mulheres, que demonstraram além de sua capacidade física, a vontade de superar os obstáculos impostos nos planos social e cultural.

 

“O judô trouxe muita coisa boa, além de estimular a concentração, o judô é rico em disciplina, além da questão da saúde, que melhorou. Emagreci muito e evoluí nas barreiras que eu queria, tanto físicas quanto mentais. Ele estabeleceu uma paz extrema em mim, fora todos os benefícios pessoais. Eu indico a qualquer pessoa e até peço que venham mais mulheres pra essa prática“ disse a judoca Adriele Gaião de 23 anos.